Jardim do Cerco
O Jardim do Cerco, criado em 1718 por D. João V, é um espaço de oito hectares constituído por bosque e jardins, que se estende a norte do Convento de Mafra.
D. João V inspirou-se em Versalhes para criar uma geometria na disposição dos arruamentos da zona do bosque, que obedece às concepções estéticas do barroco, seguindo o eixo criado no jardim francês. As ruas estão dispostas em simetria com o edifício do Convento, cujo eixo central se prolonga através da mata, denunciando a preocupação de representar os principais eixos geométricos do Monumento no exterior. Da responsabilidade do soberano é, para além da zona da mata, a nora, o poço, o tanque e o recinto para a prática do jogo da bola, tendo os jardins sido erguidos em data posterior.
Até à extinção das Ordens Religiosas, o Jardim do Cerco foi utilizado pelas congregações que residiram no Convento de Mafra. Em 1834 o Jardim do Cerco passa a pertencer à Casa Real, que detém igualmente a posse do Palácio e Tapada, até à instauração da República.
Entre 1910 e 1924 o Jardim, já de portas abertas ao público, está sob administração do Palácio Nacional de Mafra, sendo depois cedido à Escola Prática de Infantaria. A partir de 1947 fica sob jurisdição da Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas. Desde 1994 é gerido pela Câmara Municipal de Mafra.