Tapada Nacional de Mafra
A Tapada Nacional de Mafra é mais do que um parque florestal ou do que um parque de caça. Trata-se de um espaço de valor ambiental inestimável, um cenário único da vida selvagem.
A compra dos terrenos da Tapada foi ordenada por D. João V em 1744, e nesse mesmo ano, a 7 de Agosto, é lavrada a escritura relativa à construção do muro de alvenaria com 21 quilómetros de comprimento, que veda um total de 1187 hectares de terreno. Parte destes terrenos foram expropriados e outros adquiridos por compra, que só ficariam totalmente pagos no reinado de D. José I.
A resistência de alguns proprietários ficaria marcada pela atitude de uma idosa que ficou na história como “a velha da Chanquinha”, que possuia um casal ainda hoje chamado de “Currais da Chanquinha”. Conta-se que D. João V, ao tentar convencê-la a ceder a propriedade, lhe teria oferecido um barrete cheio de moedas de ouro. Não ficando convencida, e teimando em manter-se na posse dos terrenos, a Chanquinha oferece ao rei dois barretes cheios de moedas em ouro, de que nada serviu, pois este já tinha decidido ficar com o local. A velha senhora teve mesmo que sair, indo morar para A-da-Perra, lugar que, segundo lenda, assim passaria a ser designado em sua memória.